Mais bronca na Federação Paranaense de Futebol
Onaireves Moura já está fora, mas nem por isso a Federação Paranaense de Futebol terá vida fácil na capital administrativa do futebol brasileiro. O procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva - STJD, Paulo Schmitt, diz ter indícios de que a Federação montou um documento irregular para o julgamento de quarta-feira.
Trata-se de uma resolução de diretoria assinada em 8 de maio de 2007, que definia a distribuição de verbas dos jogos de competições nacionais, entre a FPF e a Comfiar. “A assinatura é posterior à apresentação da denúncia. Além disso, a matéria é de competência exclusiva da CBF. É um fato grave e que merece ser apurado”, falou o procurador, um dos principais críticos de Moura. Schmitt também sugeriu que o cargo de presidente da FPF seja declarado vago, já que a suspensão imposta a Moura (seis anos) é superior ao tempo restante para o final de mandato (dez meses).
O Estatuto da FPF, porém, não trata do assunto especificamente. O artigo 39 diz apenas que vagando o cargo de presidente, um dos cinco vices será eleito entre eles para assumir a direção até o final do mandato. Em qualquer momento, os vices podem convocar uma assembléia extraordinária com todos os filiados, para antecipar as eleições.
A CBF também estuda a possibilidade de determinar uma intervenção na FPF, mas deverá aguardar alguns dias pela definição da sucessão. Esta hipótese poderá ser “guardada” para o caso de Moura conseguir voltar ao cargo através da Justiça Comum.