segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O tesouro enterrado dos piratas do futebol paranaense

Quase inacreditável a notícia publicada pela Gazeta do Povo desta segunda-feira:
Polícia descobre dinheiro enterrado no pátio da FPF
O Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) encontrou, na sexta-feira, uma lata contendo R$ 92 mil. Ela estava enterrada no pátio da Federação Paranaense de Futebol (FPF) e sua localização exata foi conhecida após uma denúncia. De acordo com o delegado chefe do Nurce, Sérgio Sirino, há suspeita de que exista mais dinheiro escondido, fruto de desvio da antiga gestão da entidade.
Hoje, o Secretário Estadual de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, irá conceder uma entrevista coletiva para esclarecer o caso. Nela, também deverá mostrar novas provas conseguidas pela polícia na operação “Cartão Vermelho”, que levou à prisão preventiva de Onaireves Moura e mais oito dirigentes da FPF, acusados de formação de quadrilha, estelionato e apropriação indébita de dinheiro.
No domingo, em entrevista à Rádio Transamérica, Sirino afirmou que Aluízio Ferreira, ex-presidente da entidade, que assumiu no lugar de Onaireves Moura, também está sendo investigado. No caso dele, contudo, por ter mantido a prática de recolher 5% das rendas para a Comissão Fiscalizadora de Arrecadação (Confiar), uma forma de lesar os credores da Federação, que têm penhora sobre esses valores. Atualmente, Ferreira também está afastado da entidade.
O presidente é Hélio Cury, que obteve na Justiça um mandado para assumir a FPF após comprovar que, de acordo com a Lei Pelé, Moura não poderia ter disputado a última eleição, em 2004. Cury não foi encontrado pela reportagem para comentar o encontro de dinheiro enterrado no pátio da FPF.

Justiça troca toda a diretoria da FPF

Poucos meses após o afastamento de Onaireves Moura e de Aluízio Ferreira ter assumido a presidência da Federação Paranaense de Futebol, a Justiça determinou na semana passada o afastamento de todos os seus dirigentes. E, por incrível que pareça, decisão nada tem a ver com a investigação sobre desvios de recursos na entidade: trata-se de um outro rolo, desta vez eleitoral.
De acordo com a decisão, Hélio Cury, de 57 anos, é o novo presidente da FPF. Depois de quase quatro anos, a Justiça acatou o pedido do adversário político de Onaireves Moura e destituiu a atual diretoria da entidade.
O empresário (tem uma loja de material esportivos) tentava assumir a instituição desde meados de 2004, quando foi derrotada pela chapa de Moura por 77 votos a 8. A eleição vinha sendo contestada por ele antes mesmo de ser realizada. O processo que resultou no mandato judicial de ontem data de três dias antes do pleito, realizado em 30 de abril daquele ano.
Na época, Cury alegou que seu adversário não poderia se candidatar à reeleição, pois contrariava a Lei Pelé em seu artigo 23. Nele, está prevista a inelegibilidade de dirigentes condenados em sentença definitiva por crime doloso e que estejam inadimplentes com a contribuição previdenciária, entre outros.
Moura se encaixava nos dois casos, mas demorou para que a Justiça reconhecesse isso. No começo do ano passado, o caso chegou a ser julgado, mas o juiz encarregado da questão entendeu que, como a eleição já havia sido realizada, não haveria mais nada a se fazer. Um recurso no Tribunal de Justiça, contudo, fez o processo retornar à estaca zero e cair na 9.ª Vara Cível de Curitiba, a cargo da juíza Denise Antunes.
Na noite de terça-feira, ela definiu que Cury assumisse.Para Moura e o antigo Conselho Fiscal da FPF, a decisão chegou tarde. Todos já estão detidos preventivamente, acusados de fraude, formação de quadrilha, estelionato e apropriação indébita de dinheiro. Foram presos na operação “Cartão Vermelho”, da Polícia Cívil. Mas sobraram os sete vices do cartola, entre eles o então presidente em exercício, Aluízio Ferreira, que continuavam tocando a entidade.Todos foram pegos de surpresa, inclusive Cury. “Não tive tempo nem de avisar a minha diretoria”, disse. O novo presidente terá cinco meses até a próxima eleição – da qual já antecipa a candidato –, mas não deve fazer mudanças drásticas. “Nem seria coerente da minha parte. Primeiro, faremos uma auditoria jurídica para saber em que pé está isto aqui”.
Já Aluízio acabara de sair de um depoimento na Polícia Civil e quando chegou à FPF deu de cara com o oficial de Justiça.“Vou ajudar o Cury no que for preciso para a entidade continuar funcionando, mas vou buscar os meu direitos”, afirmou. Até amanhã, ele deverá entrar com recurso no Tribunal de Justiça.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Novo pente-fino na sede da Federação

Informações da Gazeta do Povo Online:

Polícia apreende documentos e carros da FPF

Policiais do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), da Polícia Civil do Paraná, apreenderam documentos, veículos e equipamentos da Federação Paranaense de Futebol (FPF). A ação ocorreu na manhã desta sexta-feira (9) como parte da operação batizada de "Cartão Vermelho" e que resultou na prisão do ex-presidente da FPF, Onaireves Moura, e de outras oito pessoas no início da semana.

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o grupo preso é suspeito de utilizar a FPF para cometer crimes de desvios de dinheiro, fraude processual e à execução, estelionato e apropriação indébita. Moura, segundo a Sesp, é apontado como o mentor da quadrilha. Segundo a polícia, também há indícios de manipulação de resultados no campeonato paranaense de futebol.

A ação policial aconteceu em conseqüência de depoimentos de dirigentes dados na terça-feira (6). Além de apreender quatro caixas com documentos, dois veículos e um notebook, os policiais também lacraram a sede da Comissão Fiscalizadora de Arrecadação (Comfiar), que é acusada de servir de instrumento para o desvio de recursos da Federação. "Agora vamos confrontar as informações", disse o delegado Alexandre Bonzatto, do Nurce.

Nesta sexta-feira no final da manhã o ex-presidente Moura, que continua detido, começou a ser ouvido pela polícia. O depoimento, segundo o delegado, deve durar a tarde toda.

Intervenção na FPF é questão de tempo

Gazeta do Povo desta sexta:

Justiça deve decretar a intervenção da entidade

por CARLOS EDUARDO VICELLI

Há um forte indício de que a Justiça deve decretar uma intervenção e nomear uma nova diretoria na Federação Paranaense de Futebol (FPF). Conforme a Gazeta do Povo apurou, são grandes as chances de o atual presidente, Aluízio José Ferreira, ser retirado do cargo por determinação judicial.

O Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), órgão vinculado à Polícia Civil, estaria à frente das investigações. A ação faz parte da “Operação Cartão Vermelho”, que já resultou na prisão do ex-presidente da FPF, Onaireves Moura, e de outras oito pessoas ligadas à entidade, todas suspeitas de desviar dinheiro da instituição. O delegado responsável pelo caso, Sérgio Sirino, também confirmou a possibilidade de intervenção.

São duas as dúvidas que pairam sobre a administração do ex-vereador de Ponta Grossa. Ferreira compôs, como um dos vice-presidentes, a chapa que ajudou a reeleger Onaireves Moura, em abril de 2004. O dirigente subiu na hierarquia da Federação após a suspensão de Moura aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em junho deste ano. O mandato-tampão termina em abril de 2008. E o cartola afirma que “nunca soube de nada” sobre as ilegalidades na instituição.

Outra questão diz respeito à Comissão Fiscalizadora de Arrecadação (Comfiar), empresa criada por Moura – com a anuência da maioria dos clubes do estado – para driblar as penhoras judiciais nas contas da FPF. O grupo usava supostamente o órgão para desviar dinheiro da organizadora do futebol paranaense.

O esquema continuou funcionando mesmo após a mudança na presidência da entidade. Durante a disputa da Copa Paraná, competição que ainda está em andamento e dá uma vaga na Série C do ano que vem e na Copa do Brasil de 2009, os times continuaram repassando 5% da renda bruta à Comfiar.

“O arbitral do campeonato definiu que seria desta maneira. Mas como a empresa está sob investigação, eu já determinei que mude. Demiti na última semana o último funcionário da Comfiar. Na verdade, ela foi praticamente extinta”, explica Ferreira.

Com o fechamento do braço comercial da FPF, toda a arrecadação proveniente na participação da renda dos jogos no estado, vai para a conta da entidade. Mais de 90% da verba, contudo, é retida pela Justiça, que a repassa aos credores da Federação Paranaense.

“O que sobra é tão pouco que só dá para honrar a folha de pagamento e outras despesas administrativas”, afirma Vinícius Gasparini, assessor jurídico e administrativo da FPF.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Desvio na FPF chega a R$ 5 mi. Dinheiro seria lavado em escolinha e igreja

Matérias da Tribuna do Paraná desta quarta mostram tudo sobre o escândalo de corrupção na Federação Paranaense de Futebol:
Onaireves Moura é preso acusado de desviar R$ 5 milhões na FPF
O ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Nilo Rolim de Moura, 60 anos, foi preso e mais oito pessoas foram detidas na manhã de ontem pelo Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), da Polícia Civil, na Operação Cartão Vermelho. Segundo a investigação, Moura seria o mentor da quadrilha que há alguns anos desvia dinheiro da FPF, através de empresas “laranja”, para contas particulares. Laércio Polanski, 47, superintendente da entidade, tentou escapar da polícia fugindo pelo telhado de sua casa. Ele caiu e teve que ser encaminhado ao Hospital Cajuru.
As investigações começaram em junho e, durante esse período, foi constatado desvio de aproximadamente R$ 5 milhões da FPF através da Comissão Fiscalizadora de Arrecadação (Comfiar), do Feirão de Automóveis -realizado semanalmente no estacionamento do Estádio Pinheirão - como também do Colégio Técnico de Futebol do Pinheirão. “Como a FPF está com todo o recolhimento penhorado pela Justiça, exclusivamente para o pagamento de ações trabalhistas e contas fiscais, a quadrilha desviava antes mesmo de o valor ser contabilizado”, explicou o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.
Mandados
A polícia cumpriu os mandados de prisão temporária na sede da FPF e nas residências dos detidos. Documentos foram apreendidos em São Paulo, no escritório de contabilidade da MPT3 e também na sede do Galo Adap, em Maringá.
Segundo o delegado Robson Barreto, além das empresas utilizadas para “lavar” o dinheiro desviado da FPF, Moura havia fundado a igreja Rede de Deus. “Ela já estava em funcionamento em Santa Catarina e já tinha até um esquema de dízimos, com sócios ouro, prata e bronze”, contou o delegado.
Segundo ele, todos os detidos foram encaminhados para Piraquara e serão ouvidos amanhã. “Esperamos que, no máximo em cinco dias, todo o processo de interrogatório e aquisição de documentos esteja completo”, finalizou o delegado.
Superintendente despenca
O superintendente da FPF, José Laércio Polanski, 47 anos, recentemente foi denunciado pelo artigo 234 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e suspenso por 210 dias, no caso Batista. Esse artigo se refere à falsificação, total ou parcial, de documento público ou particular, ou omitir declaração, perante a Justiça Desportiva.
Na manhã de ontem, antes que pudesse ser detido pelos policiais do Nurce, na Operação Cartão Vermelho, tentou fugir pelo telhado de sua casa e caiu.
Ele foi socorrido e levado ao Hospital Cajuru com ferimentos na costela, mas passa bem. Assim que for liberado pelos médicos deverá se juntar aos outros detidos no Centro de Triagem, em Piraquara.
Igreja era rede de arrecadação
Moura criou uma igreja, supostamente com sede em Camboriú (SC), chamada Rede de Deus. Através dela faria lavagem de dinheiro da bilheteria do Campeonato Paranaense e Brasileiro, segundo a polícia. “Temos a informação que Moura era o controlador e tinha como comparsas nessa empreitada César Alberto Teixeira de Oliveira, 43, ex-fiscal da Comfiar, e José Johelson Pissaia, 59, diretor administrativo da FPF e homem de confiança de Moura”, explicou o delegado Robson Barreto.
A igreja deveria estar localizada nos municípios de Balneário Camboriú ou Camboriú. Só que ninguém na cidade conhece ou ouviu falar da tal igreja. Porém, a empresa Matéria Virtual, que cria sites, foi a responsável pelo da igreja Rede de Deus. Um dos responsáveis pela empresa, que não quis se identificar, relatou à reportagem que a igreja não seria localizada nunca.
A entidade não existia fisicamente, e sim apenas no “plano virtual”, através da internet. “Eles deveriam depositar entrada de R$ 1.500, mais o pagamento mensal de R$ 600. Foi feito apenas o pagamento mensal. Como eles não deram a entrada combinada, resolvemos retirar a página do ar”, relatou.
Página
Gentilmente, a empresa colocou a página no ar por alguns minutos, para que fosse analisada pela reportagem. Vídeos, orações, mensagens bíblicas serviam apenas para mascarar o real objetivo de arrecadação da igreja. Havia dois jeitos de doar dinheiro: pelo provedor UOL, onde poderia ser feito depósito por cartão de crédito; ou direto em conta corrente. “A página não ficou mais que uma semana no ar”, disse um dos funcionários da Matéria Virtual.
Arrecadação de jogos e “negócios” faziam o caixa do grupo
A Operação Cartão Vermelho, além de desmatelar a quadrilha comandada por Moura, identificou diferentes formas que o bando usava para desviar dinheiro da FPF. Segundo o delegado Barreto, a investigação começou em junho, na Comissão Fiscalizadora de Arrecadação (Comfiar). Segundo ele, a empresa foi criada exclusivamente com a intenção de desviar dinheiro da FPF. “A Comfiar recebeu as arrecadações do Campeonato Paranaense de Futebol 2006/2007, do Campeonato Brasileiro de Futebol e da Copa do Brasil 2007, além de outros pagamentos que deveriam ir para os cofres da federação”, explicou Barreto.
Ele disse ainda que, do valor arrecadado nos campeonatos, 10% (no caso dos estaduais) e 5% (no caso do campeonato brasileiro) são destinados à federação. No entanto, a quadrilha fazia a partilha deixando apenas 5% para a entidade e a outra metade para a Comfiar e em seguida dividia o valor entre seus integrantes.
A FPFTV também foi usada pela quadrilha como forma de desviar dinheiro. Segundo a investigação, a entidade recebeu de uma emissora de televisão R$ 350 mil pelos direitos de transmissão do campeonato paranaense de 2007. O delegado disse que esse valor deveria ser depositado para a FPF e que teria uma parte repassada para os clubes de futebol, mas foi aplicada na criação da FPFTV (com veiculação pela internet) e teria sido depositado também na conta da Comfiar. Os clubes, que também deveriam ser beneficiados com o dinheiro, foram lesados.
Feirão
Pelo arrendamento do estacionamento do Pinheirão, o empresário Roberto Tiboni, 54, havia fechado um contrato de 2001 a 2006, de R$ 100 mil por ano. Em 2006, o contrato foi renovado e o valor teria aumentado para R$ 130 mil por ano, mais 50% da arrecadação do feirão.
O delegado informou que, aos sábado, mais de 600 veículos participavam do feirão. E todo o dinheiro, de alguma forma, passava pela Comfiar.
Fundo mais que perdido
Entre outras maracutaias, o Fundo de Assistência ao Atleta Profissional (FAAP) também se tornou vítima das irregularidades de Moura. O AAP, pela Lei 9.615/98, tem direito a 1% das arrecadações de competições nacionais, contudo, desde 1994, a FPF não teria repassado recursos à entidade. No Paraná, quem deveria ter recebido seria o sindicato dos jogadores. De acordo com o inquérito, teriam sido apropriados indevidamente R$ 1.182.676,71.
Em maio, o procurador do FAAP apresentou denúncia junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que decidiu multar a FPF em R$ 1 mil e passar a recolher os valores descontados dos borderôs para o FAAP e suspender o presidente da FPF por 3 anos.
Onaireves Moura tem uma extensa ficha policial
O ex-presidente da FPF foi preso, ontem, com mais oito pessoas por lavagem de dinheiro.
Uma personalidade polêmica, que está envolvida em várias histórias estranhas, mas com uma impressionante capacidade de recuperação. Podia-se resumir assim Onaireves Nilo Rolim de Moura, preso novamente e desta vez pelo Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos - Nurce, órgão da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná. A denominação da Operação Cartão Vermelho não poderia ser mais apropriada para o ex-chefão da Federação Paranaense de Futebol - FPF. Além dele, outros cinco diretores da entidade e mais três pessoas ligadas ao presidente também foram detidas por desvio de dinheiro e outras irregularidades. Confira os nomes e funções dos demais integrantes que serão investigados nas páginas 6, 7 e 32.
Moura já havia sido preso em outras duas oportunidades, a última em março de 2006 pela Polícia Federal, por falsidade ideológica, sonegação fiscal e formação de quadrilha. O dirigente ficou dois meses na cadeia. A primeira vez que o cartola foi detido foi em 2000, quando ficou um mês na Colônia Penal Agrícola por não recolher tributos ao INSS (das rendas dos jogos) por um ano e meio. Em maio deste ano, Moura foi suspenso e afastado por três anos da direção da FPF, pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva - STJD. Desta vez a bronca eram fraudes nos borderôs de jogos e o não-repasse de recursos à Associação dos Atletas Profissionais, entre outras irregularidades. A “expulsão” de Moura da entidade que dirigiu durante 22 anos - o presidente com mais tempo de mandato na Federação Paranaense, e um dos maiores ‘reinados’ da história do futebol brasileiro - foi coroada ontem, desta vez com a designação de chefe de quadrilha.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Onaireves é preso novamente

Saiu agora na Gazeta do Povo On-Line:
Onaireves Moura e mais oito pessoas são presas pelo Nurce em Curitiba
A ação foi comandada pelo Núcleo de Repressão contra Crimes Econômicos. As prisões serão esclarecidas ainda nesta manhã
O ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura, e mais oito pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (6) em Curitiba, em uma operação do Núcleo de Repressão contra Crimes Econômicos (Nurce). Por enquanto, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou apenas que os envolvidos cometeram uma série de crimes. As pessoas detidas serão apresentadas ainda pela manhã.
Os detalhes sobre as prisões serão informados em uma entrevista coletiva a ser concedida pelo delegado do 1º Distrito Policial, no Centro. AfastamentoMoura foi suspenso por seis anos das funções administrativas da FPF, em junho deste ano, pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Ele esteve à frente da Federação nos últimos 22 anos. Moura foi indiciado por infringir principalmente o artigo 238 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva – “receber ou solicitar, para si ou para outrem, vantagem indevida em razão de cargo ou função”.
O caso aponta que borderôs de jogos do Campeonato Paranaense haviam sido adulterados e parte dos 5% das rendas – que são destinados à FPF – seria desviada através da Comissão Fiscalizadora de Arrecadação (Comfiar). Neste caso, também foram denunciados e punidos os dirigentes da federação Cirus Itiberê da Cunha (presidente da empresa Comfiar), Marco Aurélio Rodrigues e Laércio Polanski (fiscais efetivos da Comfiar) e Carlos Roberto de Oliveira, presidente do Conselho Fiscal da Federação.