quarta-feira, 6 de junho de 2007

Onaireves volta hoje ao banco dos réus e pode pegar mais seis anos de "gancho"

Deu na Gazeta do Povo:

Hoje à tarde, no Rio de Janeiro, o presidente licenciado da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura, senta novamente no banco dos reús do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) – outros quatro dirigentes da FPF estão implicados no caso, assim como a própria entidade. O processo trata da empresa Comfiar que, segundo a denúncia do tribunal, recolhia indevidamente 2,5% da renda dos jogos envolvendo clubes do estado.
Formada pela maioria dos clubes da Série Ouro do Campeonato Paranaense, era destinado à Comfiar 5% do que a FPF tinha direito sobre os borderôs. A acusação é que se trataria de uma manobra para burlar a penhora do porcentual de renda da entidade. Moura foi incurso nos artigos 234 (falsificação, de 680 a 720 dias de suspensão) e 238 (receber vantagem indevida, dois a quatro anos de suspensão) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
O julgamento deveria ter acontecido na semana passada. Entretanto, o relator do STJD, Luís Tavares Corrêa Meyer, pediu mais tempo para analisar os documentos apresentados pela defesa. E após essa apreciação, vai proferir seu voto na sessão marcada para às 13 horas junto da Terceira Comissão Disciplinar. “Apresentamos toda a documentação necessária, comprovando que a empresa está prevista no estatuto da federação”, aponta Vinícius Gasparini, advogado de Onaireves Moura.
Caso receba a pena máxima nos dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva em que foi implicado (234 e 238), Onaireves Moura pode ser suspenso por seis anos. Somando este tempo à pena já recebida de três anos e dois meses, o presidente licenciado da FPF poderá ficar afastado do futebol por até nove anos.
Além deste caso, Moura tem pendente dois recursos no STJD. Na segunda-feira, Vinícius Gasparini deu entrada no pedido de revisão das duas penas impostas pelo tribunal que resultaram em três anos e dois meses de suspensão. A primeira em virtude da charge veiculada no site da FPFTV, e a outra sobre a falta de recolhimento de 1% das rendas à Associação dos Atletas Profissionais (FAAP). Os recursos devem ser julgados dentro de duas semanas.

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