quarta-feira, 6 de junho de 2007

A fúria cega de Onaireves

A diretoria do Atlético fez publicamente ontem, em entrevista à rádio Banda B, sua defesa às acusações de Onaireves Moura. Os argumentos de Onaireves foram tão facilmente desarmados que fica muito claro que o presidente licenciado da FPF quer vingança a qualquer custo e, inconformado em ter que largar o osso após 22 anos, quer ver também punidos aqueles que considera como "inimigos".
Por exemplo, a "denúncia" de Onaireves sobre o recolhimento de INSS dos sócios. É tão ridícula que Onaireves devia sentir-se envergonhado. É óbvio que o sócio do clube não paga R$ 10, R$ 20 ou R$ 30 pelo ingresso. Na verdade, o sócio do clube paga para se associar e ganha o direito de assistir a todas as partidas gratuitamente. Porém, como a CBF coloca em seus regulamentos um valor mínimo de R$ 5 para sócios, é sobre este valor que é recolhido o INSS. Qualquer ignorante sabe disso. Mas Onaireves, que vive do futebol há uns bons 30 anos e é um dos maiores caloteiros do INSS, não sabia... As outras denúncias de Onaireves também foram rebatidas uma a uma - confira aqui.
A fúria de Onaireves contra o Atlético tem uma explicação. O Atlético foi o único clube que teve coragem de peitar a administração Moura na FPF e chegou a entrar na Justiça contra a instituição. Foi o único clube que não aprovou as contas da FPF em 2006, em assembléia, o que gerou profunda insatisfação entre os diretores da federação, principalmente em Moura. O Atlético foi o único clube, também, que não aceitou ceder os direitos de TV por R$ 40 mil como queria a FPF... E, por fim, foi o advogado do Atlético quem denunciou ao STJD o esquema da FPF com a empresa Comfiar para reter 2,5% da renda dos jogos. Segundo informou Marcos Malucelli à Banda B, o esquema funcionava mais ou menos assim:
  • A Comfiar está nos estatutos da FPF desde 1994 como órgao de fiscalização.
  • Essa empresa que tem na presidência o sr. Cyrus Itibere da Cunha, estatutariamente, ele que é diretor da FPF, passou a ter participação nas rendas dos jogos do Campeonato Paranaense. Em todas as partidas, quando a FPF manda o borderô para os clubes, constava o percentual da Comfiar, de 2,5%. Apesar de estar no regulamento do Campeonato Paranaense, o Atlético não entregou este valor, mas depositou em juízo.
  • Já no Campeonato Brasileiro, o clube identificou que o borderô veio com uma adulteração. O documento tem dois campos, um da CBF e outro da FPF. A CBF não cobra nada. Então, a FPF bateu em cima do campo CBF “2,5% da Comfiar”, além dos 2,5% da própria FPF. Quando o Atlético o borderô na primeira partida do Brasileirão, contra o Inter, lançou os 2,5% de cada um mas reteve o valor, porque não está no regulamento do Campeonato Brasileiro, além de apresentar denúncia ao STJD.
  • É isso que será julgado na sessão de hoje do tribunal.

Isso parece explicar a fúria cega de Onaireves...

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