segunda-feira, 18 de junho de 2007

O vira-casaca

Onaireves Nilo Rolim de Moura ficou conhecido nacionalmente quando era deputado nacional. Não pelos projetos apresentados ou por uma atuação política brilhante, mas por episódios negros da história do Congresso. Teve o mandato cassado por participar de um esquema de corrupção. Antes, chamou a atenção de todo o país por sua participação no processo de impeachment do então presidente da República Fernando Collor. Na noite anterior à votação, Onaireves reuniu a base aliada em sua casa para um jantar de apoio ao presidente. Com discursos inflamados, Onaireves e os demais presentes atentavam para a semelhança do impeachment com um "golpe de estado" e defendiam a manutenção de Collor do poder. No dia seguinte, em votação aberta e transmitida ao vivo para todo o país por várias cadeias de TV, Onaireves lascou um "SIM" a favor da cassação do presidente. Foi uma das maiores trairagens já vistas na política nacional.
Agora, vem à tona uma outra história de traição protagonizada por Onaireves. Em entrevista à Tribuna do Paraná, o ex-presidente da FPF Luiz Gonzaga da Motta Ribeiro criticou a falta de representatividade política do futebol paranaense e relembra o episódio: "A situação poderia ser outra. Em 1985, o Medrado Dias (João Maria, parnanguara que foi dirigente do Vasco da Gama, do Rio) era candidato à presidência da CBF, contra o Otávio Guimarães. Eu era o primeiro vice-presidente na chapa. O Moura estava conosco, inclusive lançou a candidatura do Medrado aqui em Curitiba. Mas na hora, virou a casaca. A eleição terminou empatada e o Otávio ganhou porque era mais velho. Se o Moura tivesse votado com a gente, teríamos ganho. Mas ele votou contra. Por quê? Isso só ele sabe."
Parece que a trairagem é, realmente, uma das especialidades de Onaireves.

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