quinta-feira, 31 de maio de 2007

Onaireves nunca mais!

O dia 30 de maio ficará marcado na história do futebol paranaense como o "Dia da Libertação". Após 22 anos no comando da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Nilo Rolim de Moura (foto), por determinação da Justiça Desportiva, foi afastado do cargo.
Onaireves foi suspenso do futebol por três anos e 60 dias por várias infrações ao Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Além dessas punições, um outro processo (número 032/07), que julgaria Moura e mais quatro pessoas ligadas à FPF por irregularidades em borderôs de jogos no Pinheirão, foi prorrogado.
A 3.ª Comissão Disciplinar do STJD começou o julgamento pelo processo 031/07, que previa punições com base do artigo 188 do CBJD que tratava de “manifestação de forma desrespeitosa ou ofensiva contra autoridades desportivas”. Os membros da comissão decidiram punir Moura com 60 dias de suspensão.
A Comissão Disciplinar passou então a julgar o processo 033/07, contra a Federação Paranaense de Futebol. O artigo em questão era o 232, que pune quem deixar de cumprir obrigação assumida às atividades desportivas. A FPF ficará obrigada a pagar multa de R$ 1 mil e passar a recolher imediatamente a taxa referente à contribuição para a Federação das Associações de Atletas Profissionais. O presidente Onaireves Moura também foi punido pelo artigo 238 do CBJD que fala sobre “receber ou solicitar, para si ou para outrem, vantagem indevida em razão de cargo ou função, remunerados ou não, em qualquer entidade desportiva ou Órgão da Justiça Desportiva para praticar, omitir ou retardar ato de ofício”. A punição foi severa e resultou em uma suspensão de Moura por três anos, gerando uma pena total de 3 anos e dois meses.
E que pode ser ainda maior. No processo que foi adiado e ainda não tem prazo para ser julgado, estavam em julgamento, além da FPF e de Onaireves, o presidente do Conselho Fiscal da FPF, Carlos Roberto de Oliveira; Cirus Itiberê da Cunha, presidente da empresa Comfiar (com ligações a Moura e acusada de ser favorecida por desvio de dinheiro); Marco Aurélio Rodrigues, fiscal efetivo da Comfiar; e Laércio Polanski, também fiscal efetivo da Comfiar. A data para a apresentação dos documentos que provam a inocência dos acusados neste processo ainda não foi definida.
Presidente interino
A presidência interina da FPF já está sendo ocupada pelo vice Aluízio Ferreira, que é ligado à Liga de Ponta Grossa. A princípio, ficaria no cargo por 60 dias. Com a punição a Onaireves, pode ficar até o final do ano. Resta saber o que ele pretende fazer para limpar a Federação e pagar as dívidas da instituição, e também o que ele pensa sobre o futuro do Pinheirão.

Nenhum comentário: