sexta-feira, 18 de maio de 2007

Buemba, Buemba!! Na escolinha de Requião, Onaireves será professor

A coluna Toda Política de hoje, no Jornal do Estado, de autoria do jornalista Marcus Vinicius Gomes, é digna de reprodução neste blog:
Só faltava ele

Presidente da Federação de Futebol vai dar aulas para a turminha da escolinha de Requião
Pronto. Não falta mais ninguém. A confirmar-se a agenda da Escolinha e o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves - o Severiano - Moura (foto), será o palestrante principal no próximo dia 29. Vai a convite do Palácio Iguaçu (ou Araucária), fazer uma explanação sobre o projeto do Novo Pinheirão, estádio indicado pelo governador para ser uma das sub-sedes da Copa de 2014 no Paraná.
Ontem, o diretor de Obras da entidade e braço direito do dirigente, Cyrus Itiberê, comunicou a convocação de pelo menos 100 pessoas para “prestigiar” a intervenção de Moura na Escolinha. Quer engordar a claque palaciana e assim fazer um festerê que motive o governo a encampar o projeto e, quem sabe, investir uns caraminguás.
Estima-se que a construção de um novo estádio no lugar onde hoje está localizado o “túmulo do futebol” exija investimentos no valor de R$ 100 milhões. Moura diz que conta com um grande patrocinador, mas não revela o nome nem que a vaca tussa. Não admira. Se ele existe, seu endereço de correspondência é o Pinel.
A dívida da FPF hoje é calculada em cerca de R$ 22 milhões, dos quais R$ 3,8 milhões em IPTU e outros milhões com a Receita Federal e o INSS. A entidade ainda tem pendências com o Atlético (R$ 9,8 milhões), com o Banco Itaú (3.400 cadeiras vendidas e revendidas) e, até a última contagem, 120 títulos protestados nos cartórios.
Parece cabuloso, mas é pouco, um tiquitito. Moura, que dirige a FPF há 22 anos, também tem ficha corrida extensa. Passou pelo menos cem dias preso sob custódia da Polícia Federal, da Colônia Penal Agrícola e da Penitenciária do Ahú. Ex-deputado federal, foi cassado em 92 num “esquema” que envolvia a compra de deputados para salvar o mandato de Collor. Mais: há 30 dias, a 2a Vara da Fazenda Pública do Paraná decretou a falência da pessoa física do dirigente e um caso nebuloso envolve o seu último e falecido empreendimento: a Top Avestruz. Pois, pasme, é esse senhor quem agora recebe o aval de Requião (e da nossa imprença pátria) para comandar um projeto de tal importância. Convenhamos, o Paraná tem mesmo um nome a zerar.

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