Quando anunciou que o Pinheirão entraria na briga para sediar a Copa de 2014, há pouco mais de um mês, o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Moura, estimou que necessitaria de US$ 50 milhões (cerca de R$ 100 milhões) para colocar o estádio em condições. Logo após, o Coritiba entrou na parada, e o presidente do clube, Giovani Gionédis, já falava em gastos da ordem de US$ 100 milhões (cerca de R$ 200 mi).
Ontem, quando anunciou que o Paraná Clube seria um terceiro parceiro na empreitada, a FPF divulgou novos números para a sua pretenciosa intenção: o "novo Pinheirão" custará a "bagatela" de R$ 630 milhões (isso mesmo, seiscentos e trinta milhões de reais). O valor consta em reportagens publicadas na Gazeta do Povo e na Tribuna do Paraná. Isso sem contar os gastos para quitar as dívidas da Federação com INSS, IPTU e outros credores, que chegam a R$ 20 milhões...
Para se ter uma idéia do quão megalomaníaco tornou-se o projeto da dupla Onaireves-Gionédis, o orçamento da cidade de Londrina (a segunda maior do estado) para 2007 é de R$ 659,852 milhões, aí incluindo administração direta e indireta e empresas municipais, como a telefônica Sercomtel.
É pouco? Pois os R$ 630 milhões do Pinheirão poderiam bancar metade dos custos do metrô de Curitiba, obra imprescindível para a cidade e que até agora não saiu do papel por falta de recursos. E, convenhamos, se a Prefeitura de Curitiba, acostumada há décadas a tomar empréstimos junto a instituições internacionais, não consegue R$ 1,2 bilhão, a dupla Onai-Gigi vai conseguir R$ 630 milhões?
Essa nem português acredita...
Nenhum comentário:
Postar um comentário