Finalmente o governador Requião deu o ar da sua graça para oficializar a campanha estadual para que a Copa 2014 venha para Curitiba. Foi em encontro, no Rio, com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Como mostra a Gazeta do Povo desta quinta-feira:
Governo veste a camisa da Copa
Rodrigo Fernandes
Rio – Mesmo com quase um ano de atraso, o governador Roberto Requião deu, ontem, importante manifestação pública de engajamento à candidatura de Curitiba para ser uma das sedes na Copa-2014. Durante 1h30 de conversa a portas fechadas na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o chefe do Executivo paranaense tentou uma aproximação com o presidente da entidade, Ricardo Teixeira. O gesto político rendeu elogios do cartola, que em dezembro irá bater o martelo sobre as cidades escolhidas.
Ao lado do peemedebista, uma grande comitiva ajudou a reforçar o clima de boa vontade. O vice Orlando Pessuti; os deputados Nelson Justus e Alexandre Curi; os secretários Celso Caron (Turismo) e Rafael Iatauro (Casa Civil), além do presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, formaram o estafe.
Em março do ano passado, Teixeira ignorou o Paraná durante um périplo pelo Sul e Sudeste do país. O caderno de encargos da Fifa foi então transmitido ao poder público estadual via e-mail. Já em outubro, ao contrário de outros postulantes ao evento, ninguém representou a capital na viagem para Zurique, onde a Fifa confirmou a escolha do Brasil para abrigar o Mundial.
A comitiva chegou de van pouco depois das 10 horas à Barra da Tijuca, onde fica o prédio da CBF. A reunião – com várias interrupções para fotos e imagens institucionais (o governador levou equipes de reportagem para acompanhá-lo) – terminou com Requião vestindo uma apertada camisa toda autografada da seleção brasileira.
“Chegamos à conclusão, nós e o Ricardo Teixeira, de que Curitiba tem todas as condições de abrigar a Copa. Sabemos que há locais emblemáticos, como o Rio, que já estão garantidos. Mas restariam sete vagas – e poderíamos ocupar uma delas”, destacou o governador. “E queremos jogo do Brasil. E se você me perguntar contra quem, eu digo: Argentina”, seguiu, arrancando risos dos partidários.
Segundo tal raciocínio, cariocas, paulistas, mineiros, gaúchos e brasilienses estariam garantidos no rateio. A briga final seria então com Florianópolis (SC), Rio Branco (AC), Belém (PA), Manaus (AM), Campo Grande (MT), Cuiabá (MS), Goiânia (GO), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA).
Requião sutilmente ainda pediu pressa nessa definição, pois “pensa seriamente na complementação dos pontos estruturais que faltam.” Indagado sobre quais seriam os aspectos pendentes, soltou: “A conclusão do estádio (Arena) talvez seja o único.” E aproveitou a deixa para falar que o município tem “uma rede hoteleira fantástica.”
Teixeira, após ouvir atenciosamente o visitante, destacou a manobra do grupo paranaense – mas não deu garantias. “O principal fator para levar uma das vagas é o que o governador acabou de fazer aqui: vontade política. Ele nos deu aqui uma demonstração tácita disso”, disse.
Foi a deixa para Requião exaltar seu vínculo com o futebol. “Sou um herdeiro necessário do Atlético. O clube foi fundado por 34 pessoas, destes, quatro, mais de 10% do total, são da minha família. Três eram Requião, parente da minha mãe, e outro era meu avô. Sou então herdeiro do futebol do Paraná. E o estado inteiro esperava por essa conversa”, falou.
Ronaldo e camisa animam reunião
Rio – A grave contusão do atacante Ronaldo também foi discutida no encontro de ontem entre a comitiva paranaense e a presidência da CBF. Em um dos poucos momentos em que a reunião foi aberta à imprensa, o governador Roberto Requião mostrou-se curioso sobre uma das teses sobre o motivo da lesão do Fenômeno.
“E essa história que ele ingeriu esteróides anabolizantes?”, perguntou o político paranaense. O jogador do Milan, quando ainda era adolescente e defendia o PSV (Holanda), teria se submetido a uma dieta à base de suplementos químicos para ganhar força e massa muscular.
“Isso é uma grande besteira. O médico que falou isso até já mandei embora”, disse rapidamente Ricardo Teixeira, referindo-se ao doutor Bernardino Santi, que fazia parte da Comissão Antidopagem da entidade. O papo foi encerrado então com um palpite arriscado do presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia. “Ele volta a jogar em nove meses”, profetizou.
Em frente às câmeras, houve ainda outro momento de descontração. O governador vestiu uma apertada camisa da seleção brasileira – presente da CBF – para atender aos fotógrafos. Não faltaram brincadeiras. “Liga para o Dunga!”, sugeriu o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva. “Tinha que servir, é do Diego”, falou Teixeira. “Parece um beque do Britânia”, fechou o vice Orlando Pessuti. (RF)
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
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