Folha de São Paulo
27/04/07
Contratos para 2014 prevêem menos rendas para comitê organizador, condição mais dura do que a enfrentada pelos alemães em 2006
Fifa fica com todas as rendas do evento e faz repasses à organização, que terá seus gastos sujeitos à aprovação da entidade máxima da bola
RICARDO PERRONE DO PAINEL FC
RODRIGO MATTOS DA REPORTAGEM LOCAL
Para receber a Copa do Mundo de 2014, o governo brasileiro e o comitê organizador (ainda a ser criado pela CBF) arcarão com quase todas as despesas e entregarão o controle da organização e das finanças à Fifa.
É o que determinam os dois contratos que integram o "Caderno de Encargos para o Mundial" obtidos pela Folha, denominados "Acordo para Sediar" e "Acordo da Candidatura". O Brasil é candidato único a organizar a 20ª Copa da história.
Pelos documentos, a entidade máxima do futebol terá direito a quase todas as rendas do Mundial: direitos de TV, patrocinadores principais, ingressos, exploração de hotéis e estádios.São condições mais benéficas para a Fifa do que as da Copa da Alemanha-2006, quando pelo menos a renda das entradas foi dividida. As outras receitas já eram da entidade.
Profissionais ligados ao projeto informaram que, por contrato, a Fifa tem que fazer repasses ao comitê organizador.A previsão é um aporte inicial de cerca de US$ 400 milhões (R$ 815 milhões). Depois, praxe, haveria repasses periódicos, como ocorre hoje com a África do Sul, sede em 2010.
A informação não consta dos documentos, versão em português. O "Acordo de Candidatura" diz que a CBF não deve contar com rendas de marketing e de direitos de TV para cobrir custos. Por conta própria, o comitê poderá buscar rendas de patrocinadores locais. Só que, como em todos os outros itens, está sujeito ao aval de Zurique.
O orçamento do comitê só poderá ser executado após aprovação da Fifa. E balancetes periódicos de dois meses devem ser enviados à entidade.Mais: os contratos do comitê acima de US$ 500 mil (R$ 1 milhão) devem obrigatoriamente ser submetidos ao órgão.
Sob este controle, o organizador da Copa tem uma série de obrigações que representam despesas significativas.Gastos ainda maiores são destinados ao governo federal.O comitê será encarregado de pagar por Congresso da Fifa, sorteios, a Copa das Confederações, um escritório no centro do Mundial e outros nas subsedes, um centro de mídia, hospedagens de funcionários e até passagens aéreas domésticas.
Há descrição dos requisitos de infra-estrutura da Fifa no Brasil, como 500 celulares para funcionários.
Até escritório de luxo para o presidente da entidade, Joseph Blatter, está previsto numa estrutura de 256 funcionários. Caberá ainda à CBF injetar US$ 10 milhões (R$ 20,4 milhões) no comitê organizador, assim que a sede for definida -o anúncio está previsto para novembro.
Mas os gastos maiores estão na construção dos estádios, outro encargo do comitê organizador. Só que, nas últimas edições, o poder público arcou com boa parte do investimento, cerca de 50% na Alemanha.Apesar de bancarem os estádios, o comitê organizador e os governos não mandam neles: caberá a Fifa a aprovação dos projetos, com direito a vetos e ao cancelamento da sede.Pronto, o estádio e um entorno de 2 km deverão ser entregues para exploração da Fifa. Até o uso de veículos públicos e outdoors são direitos de marketing da entidade.
Também a operação de venda de ingressos está nas mãos da Fifa. E qualquer outra decisão do comitê organizador, até a marca do torneio, está sujeita à aprovação da entidade.
Já o governo participa da entidade organizadora da Copa, mas seus ganhos vão ser limitados aos impostos de serviços provenientes do turismo.
Nos contratos, a Fifa exige ser isenta de todas as taxas, assim como seus parceiros comerciais.Sem rendas, caberá ao governo o maior investimento: infra-estrutura das cidades-sedes (transporte e segurança). Formalmente, essa obrigação é do comitê, mas a Fifa deixa claro que o governo deve ser chamado a colaborar. Em outros países, o Estado pagou essas áreas.E, se algo der errado, o governo e o comitê organizador terão de cobrir eventuais danos à Fifa ou de qualquer outra pessoa. Tanto que o organizador do Mundial terá de fazer um seguro no valor de R$ 508 milhões para cobrir problemas.
OUTRO LADO: CBF NÃO FALA SOBRE CONTRATOS
A assessoria de imprensa da CBF informou que a entidade não se pronunciaria sobre os termos dos contratos da Copa do Mundo de 2014. E a assessoria do Ministério do Esporte disse que o departamento de comunicação fará estudo sobre o dinheiro a ser arrecadado com marketing. Consultada pela Folha anteriormente, a Fifa disse que não daria informações sobre o Caderno de Encargos, que é confidencial.
Acordo prevê dez sedes, e CBF, até 12
DO PAINEL FC E DA REPORTAGEM LOCAL
O "Acordo para Sediar" da Fifa prevê que apenas dez cidades poderão ser sedes da Copa do Mundo. Só que a CBF conta com a flexibilização deste item: há a possibilidade do uso de mais duas sedes.A confederação vai enviar um número maior de cidades candidatas a receber jogos do campeonato. Será a Fifa quem vai determinar quais das selecionadas serão oficializadas na realização do evento. Na Alemanha, foram 12 sedes.No Brasil, ainda fica determinado que serão no mínimo oito e no máximo dez estádios. Não haverá mais de um por sede.Segundo a entidade máxima do futebol, o comitê organizador do Mundial deverá fazer um processo de "seleção formal, com critérios de seleção e procedimentos transparentes". A estrutura de estádios deve ser o principal item a ser levado em conta, segundo a Fifa, que vai supervisionar todo o processo de escolha.O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, visitou governadores de Estados candidatos ao Mundial. Ao receberem o "Caderno de Encargos", eles ficaram encarregados de preenchê-los com detalhes sobre suas cidades.Nos acordos para abrigar a Copa, são citados critérios para a seleção de cidades, o que inclui até a qualidade de ar no local e o tempo e a temperatura para os meses de julho.Infra-estrutura referente à saúde e ao transporte das candidatas também terão de ser detalhados nos relatórios dos Estados à CBF. As rotas de acesso com facilitações para os estádios também são requisitadas.Mas a maioria das recomendações da Fifa refere-se aos estádios. Há um documento chamado "Recomendações Técnicas e Requisitos para Estádios de Futebol". É um documento que foi referência para o Mundial da Alemanha.Só que, dentro do "Acordo para Sediar", há um capítulo sobre as condições necessárias dos estádios.Nele, é determinado que o comitê organizador da Copa de 2014 terá até 15 de janeiro de 2011 para fornecer todos os planos arquitetônicos e mapas dos locais dos estádios. E deverão ser feitas atualizações desses mapas anualmente.A Fifa pode pedir mudanças nos projetos a qualquer momento. Até detalhes da colocação das câmeras de TV devem ser especificados. Os projetos de decoração dos estádios, assim como seus nomes, também estão sujeitos à aprovação da entidade.A capacidade mínima para as arenas será de 40 mil pessoas. Esse número aumenta para 60 mil nos casos dos jogos final e de abertura. Não podem ser considerados os lugares de imprensa e os especiais.Na Alemanha, a capacidade ficou abaixo desse número em alguns estádios, se desconsiderados os destinados aos VIPs.A Fifa pode vetar o estádio, se entender que este não cumprirá os prazos de construção. (RP E RM)
Agenda de cartola rivaliza com a de Lula neste ano
PAULO COBOS DA REPORTAGEM LOCAL
A romaria de Ricardo Teixeira por Estados interessados em abrigar a Copa do Mundo faz de sua agenda uma sucessão de encontros similar à enfrentada pelo presidente da República.O dirigente já se encontrou com 14 governadores. De acordo com a agenda oficial do presidente Lula, desde o começo do ano ele teve audiências particulares com 16 governadores.Mas ainda há governantes à espera de Teixeira. Mais seis Estados esperam recebê-lo.Como o cartola trabalha com até 12 estádios no Mundial, os governadores já começam a disputar "prêmios de consolação". Alguns sonham em receber partidas da Copa das Confederações, que acontece em 2013, mesmo sem estarem na relação da Copa, algo que não está programado pela Fifa.Outros, mais realistas, querem reformar estádios só para receber treinos das seleções.Em busca de apoio político, Teixeira não descarta nenhuma opção. Afirma que a Fifa é quem escolherá as sedes.Por enquanto, ele só tem definido os locais dos jogos do Brasil nas eliminatórias da Copa de 2010, na África do Sul.A Paraíba, por exemplo, já foi contemplada, mas não há definição sobre o palco.Uma comissão da entidade irá para lá nos próximos dias e inspecionará o Amigão, em Campina Grande, e o Almeidão, em João Pessoa, escolhendo o que estiver em melhores condições para sediar a partida.O paraibanos também estão na disputa por uma vaga no Mundial, mas com poucas chances. Bahia, Pernambuco e Fortaleza estão à sua frente.O Nordeste deverá ter duas cidades na competição.A federação pernambucana chegou a colocar em seu site que o Estado saiu na frente dos demais na disputa por uma vaga no Mundial.As visitas têm resultado em trocas de elogios entre Teixeira e governadores ou cartolas das federações. Tudo por meio de seus sites oficiais.A corrida pela Copa tem provocado situações curiosas, com algumas cidades com vários projetos, como São Paulo.
27/04/07
Contratos para 2014 prevêem menos rendas para comitê organizador, condição mais dura do que a enfrentada pelos alemães em 2006
Fifa fica com todas as rendas do evento e faz repasses à organização, que terá seus gastos sujeitos à aprovação da entidade máxima da bola
RICARDO PERRONE DO PAINEL FC
RODRIGO MATTOS DA REPORTAGEM LOCAL
Para receber a Copa do Mundo de 2014, o governo brasileiro e o comitê organizador (ainda a ser criado pela CBF) arcarão com quase todas as despesas e entregarão o controle da organização e das finanças à Fifa.
É o que determinam os dois contratos que integram o "Caderno de Encargos para o Mundial" obtidos pela Folha, denominados "Acordo para Sediar" e "Acordo da Candidatura". O Brasil é candidato único a organizar a 20ª Copa da história.
Pelos documentos, a entidade máxima do futebol terá direito a quase todas as rendas do Mundial: direitos de TV, patrocinadores principais, ingressos, exploração de hotéis e estádios.São condições mais benéficas para a Fifa do que as da Copa da Alemanha-2006, quando pelo menos a renda das entradas foi dividida. As outras receitas já eram da entidade.
Profissionais ligados ao projeto informaram que, por contrato, a Fifa tem que fazer repasses ao comitê organizador.A previsão é um aporte inicial de cerca de US$ 400 milhões (R$ 815 milhões). Depois, praxe, haveria repasses periódicos, como ocorre hoje com a África do Sul, sede em 2010.
A informação não consta dos documentos, versão em português. O "Acordo de Candidatura" diz que a CBF não deve contar com rendas de marketing e de direitos de TV para cobrir custos. Por conta própria, o comitê poderá buscar rendas de patrocinadores locais. Só que, como em todos os outros itens, está sujeito ao aval de Zurique.
O orçamento do comitê só poderá ser executado após aprovação da Fifa. E balancetes periódicos de dois meses devem ser enviados à entidade.Mais: os contratos do comitê acima de US$ 500 mil (R$ 1 milhão) devem obrigatoriamente ser submetidos ao órgão.
Sob este controle, o organizador da Copa tem uma série de obrigações que representam despesas significativas.Gastos ainda maiores são destinados ao governo federal.O comitê será encarregado de pagar por Congresso da Fifa, sorteios, a Copa das Confederações, um escritório no centro do Mundial e outros nas subsedes, um centro de mídia, hospedagens de funcionários e até passagens aéreas domésticas.
Há descrição dos requisitos de infra-estrutura da Fifa no Brasil, como 500 celulares para funcionários.
Até escritório de luxo para o presidente da entidade, Joseph Blatter, está previsto numa estrutura de 256 funcionários. Caberá ainda à CBF injetar US$ 10 milhões (R$ 20,4 milhões) no comitê organizador, assim que a sede for definida -o anúncio está previsto para novembro.
Mas os gastos maiores estão na construção dos estádios, outro encargo do comitê organizador. Só que, nas últimas edições, o poder público arcou com boa parte do investimento, cerca de 50% na Alemanha.Apesar de bancarem os estádios, o comitê organizador e os governos não mandam neles: caberá a Fifa a aprovação dos projetos, com direito a vetos e ao cancelamento da sede.Pronto, o estádio e um entorno de 2 km deverão ser entregues para exploração da Fifa. Até o uso de veículos públicos e outdoors são direitos de marketing da entidade.
Também a operação de venda de ingressos está nas mãos da Fifa. E qualquer outra decisão do comitê organizador, até a marca do torneio, está sujeita à aprovação da entidade.
Já o governo participa da entidade organizadora da Copa, mas seus ganhos vão ser limitados aos impostos de serviços provenientes do turismo.
Nos contratos, a Fifa exige ser isenta de todas as taxas, assim como seus parceiros comerciais.Sem rendas, caberá ao governo o maior investimento: infra-estrutura das cidades-sedes (transporte e segurança). Formalmente, essa obrigação é do comitê, mas a Fifa deixa claro que o governo deve ser chamado a colaborar. Em outros países, o Estado pagou essas áreas.E, se algo der errado, o governo e o comitê organizador terão de cobrir eventuais danos à Fifa ou de qualquer outra pessoa. Tanto que o organizador do Mundial terá de fazer um seguro no valor de R$ 508 milhões para cobrir problemas.
OUTRO LADO: CBF NÃO FALA SOBRE CONTRATOS
A assessoria de imprensa da CBF informou que a entidade não se pronunciaria sobre os termos dos contratos da Copa do Mundo de 2014. E a assessoria do Ministério do Esporte disse que o departamento de comunicação fará estudo sobre o dinheiro a ser arrecadado com marketing. Consultada pela Folha anteriormente, a Fifa disse que não daria informações sobre o Caderno de Encargos, que é confidencial.
Acordo prevê dez sedes, e CBF, até 12
DO PAINEL FC E DA REPORTAGEM LOCAL
O "Acordo para Sediar" da Fifa prevê que apenas dez cidades poderão ser sedes da Copa do Mundo. Só que a CBF conta com a flexibilização deste item: há a possibilidade do uso de mais duas sedes.A confederação vai enviar um número maior de cidades candidatas a receber jogos do campeonato. Será a Fifa quem vai determinar quais das selecionadas serão oficializadas na realização do evento. Na Alemanha, foram 12 sedes.No Brasil, ainda fica determinado que serão no mínimo oito e no máximo dez estádios. Não haverá mais de um por sede.Segundo a entidade máxima do futebol, o comitê organizador do Mundial deverá fazer um processo de "seleção formal, com critérios de seleção e procedimentos transparentes". A estrutura de estádios deve ser o principal item a ser levado em conta, segundo a Fifa, que vai supervisionar todo o processo de escolha.O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, visitou governadores de Estados candidatos ao Mundial. Ao receberem o "Caderno de Encargos", eles ficaram encarregados de preenchê-los com detalhes sobre suas cidades.Nos acordos para abrigar a Copa, são citados critérios para a seleção de cidades, o que inclui até a qualidade de ar no local e o tempo e a temperatura para os meses de julho.Infra-estrutura referente à saúde e ao transporte das candidatas também terão de ser detalhados nos relatórios dos Estados à CBF. As rotas de acesso com facilitações para os estádios também são requisitadas.Mas a maioria das recomendações da Fifa refere-se aos estádios. Há um documento chamado "Recomendações Técnicas e Requisitos para Estádios de Futebol". É um documento que foi referência para o Mundial da Alemanha.Só que, dentro do "Acordo para Sediar", há um capítulo sobre as condições necessárias dos estádios.Nele, é determinado que o comitê organizador da Copa de 2014 terá até 15 de janeiro de 2011 para fornecer todos os planos arquitetônicos e mapas dos locais dos estádios. E deverão ser feitas atualizações desses mapas anualmente.A Fifa pode pedir mudanças nos projetos a qualquer momento. Até detalhes da colocação das câmeras de TV devem ser especificados. Os projetos de decoração dos estádios, assim como seus nomes, também estão sujeitos à aprovação da entidade.A capacidade mínima para as arenas será de 40 mil pessoas. Esse número aumenta para 60 mil nos casos dos jogos final e de abertura. Não podem ser considerados os lugares de imprensa e os especiais.Na Alemanha, a capacidade ficou abaixo desse número em alguns estádios, se desconsiderados os destinados aos VIPs.A Fifa pode vetar o estádio, se entender que este não cumprirá os prazos de construção. (RP E RM)
Agenda de cartola rivaliza com a de Lula neste ano
PAULO COBOS DA REPORTAGEM LOCAL
A romaria de Ricardo Teixeira por Estados interessados em abrigar a Copa do Mundo faz de sua agenda uma sucessão de encontros similar à enfrentada pelo presidente da República.O dirigente já se encontrou com 14 governadores. De acordo com a agenda oficial do presidente Lula, desde o começo do ano ele teve audiências particulares com 16 governadores.Mas ainda há governantes à espera de Teixeira. Mais seis Estados esperam recebê-lo.Como o cartola trabalha com até 12 estádios no Mundial, os governadores já começam a disputar "prêmios de consolação". Alguns sonham em receber partidas da Copa das Confederações, que acontece em 2013, mesmo sem estarem na relação da Copa, algo que não está programado pela Fifa.Outros, mais realistas, querem reformar estádios só para receber treinos das seleções.Em busca de apoio político, Teixeira não descarta nenhuma opção. Afirma que a Fifa é quem escolherá as sedes.Por enquanto, ele só tem definido os locais dos jogos do Brasil nas eliminatórias da Copa de 2010, na África do Sul.A Paraíba, por exemplo, já foi contemplada, mas não há definição sobre o palco.Uma comissão da entidade irá para lá nos próximos dias e inspecionará o Amigão, em Campina Grande, e o Almeidão, em João Pessoa, escolhendo o que estiver em melhores condições para sediar a partida.O paraibanos também estão na disputa por uma vaga no Mundial, mas com poucas chances. Bahia, Pernambuco e Fortaleza estão à sua frente.O Nordeste deverá ter duas cidades na competição.A federação pernambucana chegou a colocar em seu site que o Estado saiu na frente dos demais na disputa por uma vaga no Mundial.As visitas têm resultado em trocas de elogios entre Teixeira e governadores ou cartolas das federações. Tudo por meio de seus sites oficiais.A corrida pela Copa tem provocado situações curiosas, com algumas cidades com vários projetos, como São Paulo.
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